2 de jan. de 2010

Vozes Inocentes


"Que triste se ouve a chuva nos tetos de papelão/ Que triste vive minha gente em suas casas de papelão"/.

Dentro de uma casa simples mora Chava (Carlos Padila) um menino valente de onze anos que agora se torna o homem da casa após seu pai abandonar a família e ir tentar a vida no Eua. Junto com sua mãe Kella a talentosa atriz (Leonor Varela) e seus dois irmãos eles enfrentam juntos dias difíceis isso porque dentro do seu país se extende uma guerra civil cada vez mais complicada e sangrenta.

El Salvador (país da esquecida América Central) entre 1980 à 1992 trava-se uma guerra civil infernal marcando o momento mais crítico de sua história. Em plena guerra fria, com a revolução cubana de Fidel Castro e a guerrilha de esquerda nos outros países da América Central empurraram o exército salvadorenho firmemente para a direita. A miséria no campo facilitou o surgimento de vários movimentos guerrilheiros de esquerda. Medidas repressivas e violação dos direitos humanos pelo exército durante os anos 70 e 80 foram documentadas por várias agências internacionais e o número de refugiados acarretou um grande problema para a econômia. A guerra civil se inicia com uma simples luta pela reforma agrária. Com medo do grupo guerrilheiro de extrema esquerda FMLN (Frente Farabundo Marti de Liberación Nacional) [um dos mais importantes movimentos guerrilheiros da América Latina] que dominava diversas áreas do país o Eua se interfere na política Externa fornecendo dinheiro e treinamento para o governo e militares.


O filme não apoia nenhum lado especificamente, é nessa questão política que o filme deixa a desejar: porém tende a apoiar a interferência americana no local da guerra, há quem conteste essa opinião, infelizmente não se tem base suficiente para escolher um dos lados. Ao contrário de Oliver Stone com "Salvador" que relata o conflito duma forma simpática à causa da esquerda revolucionária camponesa.
Por causa da guerra as forças armadas do governo recrutam garotos de 12 anos, retirando-os das salas de aula. Chava ainda tem um ano até ser também recrutado, sendo que neste período precisa conseguir um emprego para ajudar sua mãe a pagar as contas e também escapar da violência diária causada pela guerra civil.

Porém o filme passa muito bem o sentimento da população no meio da guerra, e é isso mesmo que o diretor tem a intenção de passar para o expectador, se colocar na pele do pequena e expressivo Chava. A atuação do menino é impecável, a história é baseada na vida real do roteirista Oscar Torres, que teve sua infância interrompida como a de tantas outras crianças isso porque a inocência desses meninos foram corrompidas, seus espíritos estão cheios de cicatrizes. A música triste "Casa de Cartón" se encaixa corretamente no enredo da trama; a qualidade da imagem também é excepcional, é um filme cativante e orgulhoso para o cinema latino americano

*Ficha técnica e nota do filme:
Título: Voces Inocentes
Título: Vozes inocentes
Origem:
México
Gênero:
Drama
Diretor: Luis Mandoki
Produção: Lawrence Bender, Luis Mandoki e Alejandro Soberón Kuri
Roteiro: Luis Mandoki e Oscar Orlando Torres, baseado em estória de Oscar Orlando Torres
Elenco: Leonor Varela (Kella); Daniel Giménez Cacho (Padre); Ofelia Medina (Mama Toya); Gustavo Muñoz (Ancha); Carlos Padilla (Chava); Ignacio Retes (Don Chico); José Maria Yazpik (Tio Beto); Jesús Ochoa (Motorista de ônibus)
Fotografia: Juan Ruiz Anchía
Música: Casas de cartón
Duração: 120 minutos

Ano de lançamento:
2004
Áudio: Dolby Digital 5.1 (Espanhol)

Festivais/premiações:

23 de dez. de 2009

Turista espacial


Quando comecei a ver turista espacial logo falei esse filme é para pessoas da alma. É um filme marginal e bandoleiro. La belle verte vai nos envolvendo aos poucos com seu humor fino e muito bem humorado ironizando como são invertidos os valores e ideais da humanidade moderna. O filme sintetiza bem a sociedade do "eu" que prevalece sempre cada dia mais forte nos propondo a refletir sobre os nossos hábitos cotidianos. Esse cult-filme-fracês foge totalmente ao padrão dos demais e é por isso mesmo que ele se torna interessante.

Como seria o planeta terra se tivéssemos uma consciência perfeita? se fossemos mais evoluídos construindo assim um clima de harmonia com os homens e a natureza? Conscientes do nosso espaço e dever perante a vida? Sendo assim nos preocupando somente com que importa sem nos aborrecer em falsos valores que a sociedade actual prega. Prepare-se então para desconectar! La Belle Verte (a linda verde) ou Turista Espacial como foi chamado no Brasil, é dirigido por Colline Serreau produzido em 1996.


Existe um planeta evoluído em que seus habitantes vivem em perfeita harmonia. De tempos em tempos alguns deles fazem suas excursões para outros planetas afim de observá-los ou mesmo ajudarem em seus processos evolutivos. O fato é que curiosamente há duzentos anos ninguém quer vir para o planeta Terra, surreal? Até que um dia por suas razões pessoais Mila de cento e cinquenta anos decide vim para Terra, Contrários seus cinco filhos pedem para ela não ir, afinal a Terra segundo o grupo é o único planeta incorrígivel. Mila aterrisa em Paris sem ninguém perceber sua chegada. Logo de cara ela vai estranhando os costumes como, alimentação, línguas, dinheiros, poluição, estresse cotidiano. Então Mila conhece um médico que ajudará em sua importante missão de conscientização.

O filme aborda de maneira humorada temas variados como a fábula filosófica, a espiritualidade ativista, a sustentabilidade, o anti-conformismo, a ecologia, o humanismo, o pacifismo entre outros. Inspirador e divertido essa comédia científica tem toda sua força de reflexão. Um detalhe importante do filme a ser observado é que quando Mila volta para o planeta natal com seus filhos, duas amigas e um bebê que fora abandonado pelos pais, um dos seus filhos trás um cd de rock animando todos os terráqueos (isso comprova que com todas as fraquezas e debilidades que tem um homem ele sabe proporcionar coisas boas). Ufa!


*Ficha técnica e nota do filme:
Título Original: La belle Verte
Título: Turista Espacial

Origem:
França
Gênero:
Comédia
Diretor: Coline Serreau
Duração: 99 minutos
Ano de lançamento: 1996

Nota do filme: 7,80

25 de nov. de 2009

Segunda-Feira ao sol


Que dia é hoje ?


Segunda-Feira ao sol se passa na Espanha comtemporânea no pós-Guerra fria (1989 -). Desagregada pelo processo de reestruturação produtiva essa Espanha não consegue promover o bem-estar de uma camada da população que se encontra desempregada. O filme narra de perto a história dos personagens Santa (Javier Bardem) - Mar adentro", José Soarez, Lino e Amador ex operários que foram demitidos do estaleiro naval aurora. A empresa é fechada e essa demissão não é temporária e sim definitiva, sendo assim extinto todos metalúrgicos de indústria naval. Inconformados eles respiram um ar de desprezo e indignação. Ficando a mercê de procurar outros empregos e sobreviver de pequenas ocupações temporárias.

Javier Bardem interpreta Santa. Um machão rebelde e auto-suficiente que recusa a admitir seu fracasso. Ele se torna uma espécie de líder dos seus compatriotas que estão completamente desmotivados e sentidam-se perdedores completos. O filme retrata um aspecto sócio-econômico, e diz numa sutileza como o estado e o capitalismo influenciam na vida das pessoas. Mergulhados no alcoolismo e em crises familiares, esses amigos não vão se separarem até o fim.

O sentimento de exclusão é constante para os personagens de Segunda-feira Ao Sol; é traduzido a tona a revolta contra a classe opressora. Santa é o héroi da trama, rebelde e conquistador (Esse papel de Bardem é o meu preferido de todos dele). O filme é um trágica comédia. E se me perguntarem para indicar um filme com tema amizade, Segunda-Feira ao sol é meu pitaco.

*Ficha técnica e nota do filme:
Título Original: Los Lunes Al Sol
Título:
Segunda-feira Ao Sol
Origem:
Espanha
Gênero:
Comédia
Diretor: Fernando León de Aranoa
Produção:
Elías Querejeta e Jaumes Roures
Roteiro:
Fernando León de Aranoa e Ignacio del Moral
Fotografia: Alfredo F. Mayo Elenco: Javier Bardem (Santa); Luis Tosar (José); José Ángel Egido (Lino); Nieve de Medina (Ana); Enrique Villén (Reina); Celso Bugallo (Amador).
Música:
Lucio Modoy
Duração: 113 minutos

Ano de lançamento: 2002

Áudio: Dolby Digital 5.1 (Espanhol)

Orçamento: 4 milhões

Festivais/premiações:

Nota do filme: 9,
70

Separei um trecho do filme - A cigarra e a formiga:
http://www.youtube.com/watch?v=KnL5GRrM3P4&NR=1

23 de nov. de 2009

Palme d'Or: e o melhor Palma de Ouro vai para...


O festival de cinema de Cannes é realizado na França. Roteristas, atores e diretores do mundo inteiro prestigiam o festival que ocorre desde 1946. O festival de nível internacional tem como seu prêmio principal a Palma de Ouro (indicação do melhor filme do ano).
Cannes já foi palco de vários mestres e também de suas festas. O ano de 1968 foi marcado pela interrupção do famoso maio parisiense. Na véspera, Louis Malle, demissionário do júri, François Truffaut, Claude Berri, Jean-Gabriel Albicocco, Claude Lelouch, Roman Polanski e Jean-Luc Godard , ao penetrarem na grande sala do Palácio, haviam exigido a interrupção da projeção em solidariedade aos operários e estudantes em greve. Só um diretor brasileiro conseguiu o prêmio, foi com Anselmo Duarte em ''O pagador de promessas''.

Vencedores da Palma de Ouro de Cannes.

1955_ Marty (Delbert Mann, Eua)
1956_ O mundo do silêncio (Jacques-Yves Cousteau e Louis Malle, França)
1957_ Sublime Tentação (Willian Wyler, Eua)

1958_ Quando voam as segonhas (Mikhail Kalatozov, União soviética)
1959_ Orfeu negro (Marcel Camus, França)
1960_ A doce vida (Federico Fellini, itália)
1961_ Viridiana (luis buñel, Mexico) e A longa espera do passado (Henri Colpi, França, Itália)
1962_ O pagador de promessas (Anselmo Duarte, Brasil)
1963_ O leopardo (Luchino Visconti, Itália)

1975_ Chonique des Années de Braise (Mohammed Lakhdar-Hamina, Argélia)

1976_Taxi Driver_ Motorista de Táxi (Martin Scorsese, Eua)

1977_ Pai patrão (Vittorio Taviani, Itália)

1978_ A árvore dos tamancos (Emanno Olimi, Itália)

1979_ Apocalypse Now (Fracis Ford Coppola, Eua) e O tambor (Volker Schlondorff, Alemanha)
1980_ O show deve continuar (Bob Fosse, Eua) e A sombra do samurai (akira Kurosawa, Japão) 1981_ O homem de ferro (Andrzej Wajda, Polônia)
1982_ Missing - O desapareciso (Costa-Gavras, Eua) e Yol (Yilmaz Guney, Turquia)

1983_ A balada de Narayama (Wilm Wenders, Alemanha)

1984_ Paris, Texas (Wilm Wennders, Alemanha)

1985_ Quando papai saiu em viagem de negócios (Emir Kusturica, Iuguslávia)

1986_ A missão (Roland Joffé, Reino Unido)

1987_ Sob o sol de Satã (Maurice Pialat, França)
1988_ Pelle, o conquistador (Bille August, Dinamarca)

1989_ Sexo, mentiras e videotape (Steven Soderbergh, Eua)

1990_ Coração Selvagem (David Lynch, Eua)

1991_ Barton Fink - Delírios de Hollywood (Ethan Coen e Joel Coen, Eua)

1992_ As melhores intenções (Bille August, Suécia)
1993_ Adeus minha cuncubina (Chen Kaige, China)

1994_ Pulp Fiction (Quetin Trantino, Eua)

1995_ Underground - Mentiras de guerra (Emir Kusturica, Iugoslávia)

1996_ Segredos e mentiras (Mike Leigh, Reino Unido)
1997_ Gosto de cereja (Abbas Kiarostami, Irã) e A enguia (Imamura Shohei, Japão)

1998_ A eternidade e um dia (Theo Angelopoulos, Grécia)
1999_ Rosetta (Jean-Pierre e Luc Dardenne, França)

2000_ Dançando no escuro (Lars von Trier, Dinamarca)

2001_ O quarto do filho (Nanni Moretti, Itália)

2002_ O pianista (Roman Polanski, França)
2003_ Elefante (Gus van Sant, Eua)

2004_ Fahrenheit 11 de setembro (Michael Moore, Eua)

2005_ A criança (Jean-Pierre e Luc Dardenne, Bélgica)

2006_ The Wind that Shakes Barley (Ken Loach, Reino Unido)
2007_ 4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias (Cristian Mungiu, Romênia)

2008_ Entre paredes (Laurent Cantet, Fraça)

2009_ Das Weisse Band (Michael Heneke, Austría)

19 de nov. de 2009

O quarto do filho


Só os italianos nos fazem chorar

O quarto do filho é um filme forte, tocante, profundo e transparente que vai mexer com você Mais do que merecido ganhou o palma Ouro em Cannes em 2001. O filme fala de assunto difícil que a dor e a perda. Giovanni (Nanni Moretti) é um psicanalista bem humorado que reside e trabalha na cidade de Ancona, na Itália. Seus pacientes são complexos - um homem que fala que vai suicidar com marcada, uma mulher obsessiva, um sexólatra. Sua rotina se dividi em casa e consultório. Ele é casado com Paola (Laura Morante) e tem dois filhos: a menina Irene (Jasmine Trinca) e o jovem Andrea (Giuseppe Sanfelice). Em casa tudo vai bem e tranquilo até que sua vida transtorna. Giovanni atende um chamado do teu paciente suicida, e deixa de acompanhar seu filho a um programa. Andrea acaba morrendo afogado nesse dia.



A história é narrada com simplicidade, sem chavões, sem pretensão de ser um filme cabeça. As atuações Laura e Moretti são de impressionar; O clima é completado pela música sentimental do grande compositor italiano Nicola Piovani : seus temas encaixam-se perfeitamente na trama, como no caso de By This River, de Brian Eno. Na profunda análise de Moretti, a dor pode ser redobrada quando transformada em culpa (o que não é difícil), e o luto de cada um é também a chave para sua redenção. Claro que, de um ponto de vista emocional, "O Quarto do Filho" é muito pesado, mas entendi que esse filme é clamor para a vida, vida em abundância que nos faz transcender. É um filme inesquecível.


*Ficha técnica e nota do filme:
Título Original: La Stanza del Figlio
Título: O quarto do filho
Origem: Itália
Gênero: Drama
Diretor: Nanni Moretti
Produção: Nanni Moretti e Angelo Barbagallo
Roteiro:Nanni Moretti, Linda Ferri e Heidrun Schleef
fotografia: Giuseppe Lanci
Elenco: Nanni Moretti (Giovanni); Laura Morante (Paola); Jasmine Trinca (Irene); Giuseppe Sanfelice (Andrea)...
Música: Nicola Piovani
Duração: 98 minutos
Ano de lançamento: 2001
Festivais/premiações: Palma de ouro Cannes; Prémio Fipresci
Nota do filme: 9,20



18 de nov. de 2009

Pollock



Como você sabe quando você terminar de uma pintura? Pollock: Como sabes que termina de fazer amor?


A vida de Jackson Pollock é contado nesse filme. Projeto pessoal de Ed Harris que protagoniza, dirigi e produz o filme. Ed que faz Pollock na trama tem uma grande semelhança física com o pintor. O pintor americano foi referente ao movimento expressionista abstrato que o promoveu um dos artistas mais famosos de sua época. Ele revolucionou a arte dos anos 40, com ajuda Lee Krasner (Marcia Gay) também artista plástica que engajou a promover seu trabalho, mais tarde se casaram. Sua vida pessoal não é nenhum mar de rosas. Pollock é uma pessoa que se expressa através de seu trabalho, assim expulsando seus demônios. Com a personalidade forte e perturbada ele se agrava no alcoolismo. Acima de tudo o filme biográfico narra o inicio de sua carreira até a fama e depois o fim trágico.

Marcia Gay ganhou o oscar de melhor atriz coadjuvante nesse filme. Foi a primeiro filme dirigido por Ed Harris. O filme explorou muito a loucura do artista perturbado, sendo as vezes monótono, e com diálogos fracos. Com atuações normais dos atores , mesmo assim não deixa de ser marcante, com as cenas de pintura de abrir o queixo. é indicado para qualquer amante da arte.


*Ficha técnica e nota do filme:
Título Original: Pollock
Título: Pollock
Origem: Eua
Gênero: Arte-drama
Diretor: Ed Harris
Produção: Fred Berner, Ed Harris e John Kilik
fotografia: Lisa Rinzler
Elenco: Ed Harris (Jackson Pollock); Marcia Gay Harden (Lee Krasner); Jennifer Connelly (Ruth Klingman); Val Kilmer (Willem de Kooning)
Música: Jeff Beal
Duração: 117 minutos
Ano de lançamento: 2000
Festivais/premiações: Indicado a melhor oscar de melhor ator; Oscar de melhor atriz coadjuvante.
Nota do filme: 6. 90

16 de nov. de 2009

O mundo de Jack e Rose


O filme trata-se da relação de dois personagens Jack Slavin (Day-Lewis) e Rose (Camilla Belle), pai e filha na trama. Os dois moram em uma casa de praia afastada da civilização que antigamente era uma comuna. Jack cria sua filha com um amor que foge as regras. Longe da civilização ela não estuda e sendo assim criada e educada somente por ele sendo que sua esposa já morreu. O local em que eles moram era uma antiga comuna, onde moravam pequenos grupos de pessoas que compartilhavam um estilo de vida, simples, solidário e sem desperdício. O filme trata dum amor de pai e filha como também a nostalgia dos anos 60 em que teve as idéias do movimento hippie, o filme tem um tom sarcástico. Jack não consegue acompanhar o seu tempo, ele age com amor porém é soberbo.
Rose é menina de 16 inocente, bela e pura. O pai que isolou ela a vida toda do mundo decidi dar um capítulo novo na história deles, convida então sua namorada secreta parar ir morar com eles, fato não muito bem aceito por Rose no começo. Jack também olha para o lado de sua saúde que não vai nada bem, e a garota precisa de alguém para cuidar dela.


O filme é muito mais profundo do que se pensa, trata-se também do assunto sobre incesto, Comunidades, idealismos, o filme ainda é muito pequeno perto do que a humanidade é em seu âmbito, mas vale a pena a tentativa. Belo e não tem mais o que falar, cada um tem que tirar sua prova. Com a trilha sonora folk, a fotografia perfeita e história cativante com a impecável atuação dos atores do começo ao fim, o mundo de Jack e Rose tem que ter um espaço reservado na sua memória.


*Ficha técnica e nota do filme:
Título Original: The Ballad of Jack and Rose
Título: O mundo de Jack e Rose
Origem: Eua
Gênero: Drama
Diretor: Rebecca Miller
Produção: Lemore Syvan
fotografia: Ellen Kuras
Elenco: Daniel Day-Lewis(Jack Slavin); Camilla Belle (Rose Slavin); Catherine Keener (Kathleen); Ryan McDonald (Rodney); Paul Dano (Thaddius); Jason Lee(Gray); Jena Malone (Red Berry)
Trilha sônora: Michael Rohatyn
Duração: 112 minutos
Ano de lançamento: 2005
Festivais/premiações:
Nota do filme: 8,90

13 de nov. de 2009

O equilibrista





Se prepare para chocar, para sair do convencional e ser carregado a uma aventura e talvez não mais voltar! Você correrá riscos ao ver um louco são sobre uma corda pelos monumentos mais populares do mundo. Acho que os bons filmes assim como livros são aqueles que lhe faz sentir na pele do personagem. Foi assim que me senti, na pele, no próprio Philippe Petit. E te juro aqui que você nunca terá tanto medo de altura. Se você lhe pergunta a Petit o que ele acha da vida ele dirá:

-Para mim, é tão simples... Que a vida deva ser vivida perigosamente. é preciso exercitar a rebelião. Recusar-se a ficar preso a regras. Recusar seu próprio sucesso. Recusar-se a se repetir. Ver cada dia, cada ano, cada ideia como um verdadeiro desafio. E então você vai viver a vida em um corda bamba.

Cena em que Petit brinca na torre norte e sul do World Trade Center

O documentário de James Marsh narra a história do talentoso e teimoso equilibrista francês Philippe Petit. Desde adolescente em que ele conquista sua querida Annie - partir dali ela sabe que irá seguir com ele. Petit é impiedoso e perfecsonista. Com passar dos anos seus amigos o ajudam em suas ousadas tarefas viajando assim o mundo e pendurando nos mais alto edificíos. até que então se ouve dizer que nos Eua estava construindo Wtc. Petit então avisa aos seus compatriotas que lá seria o próximo lugar para se equilibrar. Todos o chamam de louco afinal os edifícios gêmeos tinham nada mais do que 110 andares. No dia 7 de agosto de 1974 Petit coloca seu plano de equilibrar irregularmente na época no prédio mais alto do mundo, Para realizar o feito Petit levou 8 meses planejando-o com amigos, buscando um meio de enganar a segurança do World Trade Center para que pudesse entrar no prédio com a corda de aço e equipamentos.

Com a música de Michael Nyman, com humor, você não acredita no que irá ver em o equilibrista, esse documentário foi sem dúvida uma das melhores produções assistida do ano.

*Ficha técnica e nota do filme:
Título Original: Man on Wire
Título: O equilibrista
Origem: Inglaterra
Gênero: Documentário
Diretor: James March
Produção: Simon Chinn
fotografia: Igor Martinovic
Elenco: Paul McGill (Philippe Petit) Ardis Campbell (Annie) David Demato (Jean Louis) David Roland Frank (Alan) Philippe Petit Jim Moore...
Trilha sônora: Michael Nyman
Duração: 90 minutos
Ano de lançamento: 2008
Festivais/premiações: Bafta melhor filme, Oscar melhor documentário, Festival de Sundace
Nota do filme: 9,30

Mar Adentro


Rámon em sua juventude

Mar adentro é um filme dirigido pelo chileno Alejandro Amenábar (Os outros) já reconhecido pelos seus trabalhos anteriores. Mar adentro é um filme litorâneo, reflexivo, um drama comovente que procuramos entender. Javier Bardem o ator espanhol ganhador do Oscar de melhor ator coadjuvante de 2008 - (onde os fracos não tem vez) interpreta Rámon um homem extremamente inteligente e carismático que sofre um grave acidente na sua juventude. Já passados 28 anos do acidente ele se encontra tetraplégico e preso na sua cama. Lúcido ele corre atrás do teu direito de por um fim na sua vida. Tua história é repercutida na mídia e causa problemas com a igreja, sociedade e seus familiares. Mas com a chegada de duas mulheres na sua vida podem o fazer querer mudar de idéia, sua advogada e uma vizinha da ilha querem reverter sua perspectiva. Ao mesmo tempo o filme é um hino a vida e um convite ao suicídio. Uma história real e difícil de contar. Um filme emocionante, poético e que incomoda.

*Ficha técnica e nota do filme:
Título Original: Mar adentro
Origem: Espanha
Produçao: Espanha, Itália, França
Gênero: Drama
Diretor: Alejandro Amenábar
Produção: Alejandro Amenábar e Fernando Bovaira
Elenco: Javier Bardem, Belém Rueda, Lola Dueñas...
Trilha sônora: Alejandro Amenábar
Duração: 125 minutos
Idioma: Espanhol, catalão, galego
Ano de lançamento: 2004
Festivais/premiações: Oscar, globo de ouro como melhor filme estrangeiro 2005/ Goya: Melhor filme, ator,
Nota do filme: 8,50

19 de set. de 2009

Para sempre na minha vida


"Resta essa vontade de chorar de ante de qualquer beleza"

Para sempre na minha vida é uma sentimental comédia italiana de encher os olhos. O filme dirigido por Gabriele Muccino tem como alguns dos temas o expressivo relacionamento entre pais e filhos na Itália. Entre alguns restam dizer que a família italiana é a única coisa que ainda resta. Outro filme brilhante que retrata bem o tema sobre família é o quarto do filho, vencedor de Cannes. Para sempre na minha vida é um filme próximo. O filme visa registrar a intimidade Silvio (Silvio Muccino) com inúmeras perguntas e duvidas que rondam a cabeça de um menino de 16 anos, o adolescente procura a sua individualidade, criando sua identidade, ele se interessa por conceitos políticos. O que ele vai poder falar dele daqui 20 anos? é uma das suas perguntas. Ele não sabe, mas sabe que o tempo é agora e que deve busca respostas.

O adolescente que ajuda os amigos a invadir o colégio até esperar a resistência da polícia, alegando serem contras a privatização e massificação do colégio pelo estado. A molecada tem uma audácia de revolução cubana e um grande espírito do 68 parisiense. Mas entre esses conflitos Silvio está interessado mais nas garotas do colégio, brigando constantemente com seus pais sobre a interferência deles na sua vida, ele corre a procura do grande amor.

* Ficha técnica e nota do filme
Título: Para sempre na minha vida
Título Original: Come te nesunno mai
Origem: Itália
Gênero: Comédia
Diretor: Gabriele Muccino

Produção: Domenico Procacci
Elenco: Silvio Muccino , Giuseppe Sanfelice , Giulia Steigerwalt , Giulia Carmignani , Luca De Filippo
Trilha sônora: Paolo Buonvino
Duração: 88 minutos
Ano de lançamento:1999
Festivais/premiações: Seleção de Veneza 1999
Nota do filme: 9,40

9 de set. de 2009

Diários de motocicleta


" Deixe o mundo te mudar, para depois você mudar ele".

Se prepare para uma aventura, mas não uma aventura qualquer, rumo ao desconhecido e ao horizonte. É uma saga latino americana, um poema grego escrito pelos deuses personagens dessa história? Ernesto Guevara (Gael Garcia Bernal) estudante de medicina, cansado da rotina e aulas da faculdade, e com ele teu amigo Alberto Granado (Rodrigo De La Serna) bioquímico, vagabundo competente.
Pegue sua mochila, itens básicos, fortes doses de inspiração, um amigo com quem compartilhe a mesma linha de raciocínio, o teu espírito inquieto, a vontade desbravadora a e é claro "la poderosa" uma motocicleta norton 500. Misture isso tudo e acrecente a paixão pela estrada. Foi nisso que deu o filme dirigido por Walter Salles em 2004.
Escrevo ensaios sobre cinema vinda por uma paixão por filmes, e acho o cinema tão real quanto a vida. E digo que o cinema foi uma espécie de oracúlo. E eiz a pergunta - filme muda a gente? (pausa)... Não! Não muda, mas inspira profundamente. Acho que só a vida tem o pode mexer com nosco, e assim nos transformar.
Com uma trilha sonora autêntica, diários de motocicleta é da queles filmes que demoram a ser digerido. A história é baseada no livro de notas de Ernesto Guevara e Alberto Granado que narra a odisséia dos dois jovens argentinos atravessando o continente sul americano numa motocicleta, o roteiro é precorrer 8 mil km em 6 meses de Buenos Aires (arg) à Caracas (ven). Ernesto estudante de medicina para no último período da faculdade para viajar com amigo e no meio do caminho comemorar o aniversário de 30 anos do parceiro. O ano é de 1952.
Esse é um relato um pedaço de duas vidas que caminharam juntas algum tempo, respirando as mesmas inspirações. Tinha que ser um mal filho, um mal namorado, ter o espírito irrelevante, e amar principalmente a vida para embarca numa viagens dessas. Largando a civilização, eles vão sentindo mais e mais a liberdade e a natureza. Percorrer o imenso continente em 8 meses, com uma moto que cada dia que se passa fica menos poderosa, metódo para tal façanha: "la improvisación". Vivendo e cheirando a sociedade, olhando as desigualdades sociais e injustiça com os pobres eles vão mudando um pouco por dentro. No fim Salles foca a imagem com olhar humano em Ernesto e nos dá o recado que apartir dali ele deixa de ser o simples "Fuser" e passa ser Che Guevara, um dos personagens políticos e culturais mais simbolícos do século xx.

* Ficha técnica e nota do filme
Título: Diários de motocicleta
Título original: The Motorcycle Diaries

Origem: Brasil, chile, peru, argentina, cuba, reino unido, Eua, França, Alemanha
Gênero: Aventura
História: Viagem pela américa latina
Diretor: Walter Salles
Elenco: Gael Garcia Bernal, Rodrigo De La Serna
Trilha sonora: Al Otro Lado del Rio
Duração:126 minutos
ano de lançamento: 2004
Festivais/premiações: Oscar/melhor canção; Bafta/melhor filme língua estrangeira e canção; Cannes/prêmio júri, prêmio técnico; Goya/melhor roteiro adaptado
Nota do filme: 9,60

8 de set. de 2009

Candy




"Eiz o segredo mais profundo que ninguém conheceu; eiz a raiz da raiz,
e o broto do broto, e o céu do céu de uma árvore que se chama vida".

Diga-se já de passagem que candy é um dos filmes que lhe pega da poltrona, e o leva para um passeio surreal, qualquer um fica surpreso, não só pela temática (que é a dependência e a abstinência da heroína), mas pelo contexto, os atores, a poesia, e romantismo que o filme proporciona. Assim como os dois jovens viciados na droga, acontece o mesmo com a gente pela trama, chocante, hipnotizante e belo.
Dan (Heath Ledger) [o famoso curinga de Batman o cavaleiro das trevas] é o "destemido", o escalador de sacadas, o jovem poeta promissor e apaixonado por Candy. Candy (Abbie Cornish) é linda, jovem, pintora. Ambos são viciados em drogas. Ao se conhecerem foi paixão a primeira vista, achavam que tinham encontrado o paraíso, e de certa forma encontraram sim. Num clima de luxúria e pecado original esse paraíso os leva para o inferno. A felicidade que não tinha fim começa a ver o declínio causado pela droga. Eles não queriam estragar a vida do outro, só queriam melhorar a vida deles.
Destaque também para atuação Casper (Geoffrey Rush) amigos do casal. um velho maluco e também drogado que ajuda o casal. E a claro também para ótima trilha sonora recheada de boas músicas. O filme participou do festival de Berlim em 2006.


* Ficha técnica e nota do filme
Título: Candy
Titulo original: Candy
País de origem: Australía
Gênero: Drama
Diretor: Neil Armfield
Elenco: Heath Ledger, Abbie Cornish, Geoffrey Rush
Trilha sonora: Song to the siren
Tempo de duração: 116 minutos
Ano de lançamento: 2006
Participações e prêmios: Festival de berlim/2006
Nota do filme: 9,40